quinta-feira, 19 de abril de 2007

Encurralado

Mais um episódio deprimente da heróica história americana ocupa a maior parte do espaço na mídia mundial.

Terrível 33 mortes. Não há palavras para isso.

No entanto várias discussões são levantadas nesse momento. motivadas pelo susto e pela dor dos acontecimentos uma sociedade hipócrita e individualista explode em debates acalorados. Porte de armas, valores familiares, exposição de violência na mídia. Tudo vem a tona.

Meu questionamento é : até que ponto essas discussões são realmente reflexo de uma mudança de percepção ou uma simples caça aos culpados. (desde que não sejam nós mesmos)

para mim, analisando o passado recente, esse fervor é momentâneo e unicamente motivado pelo choque visual e emocional do fato. Infelizmente não acredito que haverão profundas mudanças visando previnir esse tipo de situação. Para mim esses seres como o Chao desenvolvem obviamente um comportamento doentio. Mas na análise das causas, pelo menos pra mim q não sou especialista, eles são um reflexo brutal, sanguinário e terrível de uma sociedade baseada na exclusão, no medo, na violência e no individualismo.
Será que estamos REALMENTE dispostos a mudar nosso estilo de vida ?

No meio dessas discussões existe muita sujeira. Um lobby fortíssimo da indústria armamentista alimentado por um pensamento ignorante do que é defesa pessoal.

Agora com certeza vão surgir várias teorias sobre os porques e como evitar novos incidentes. Mas o fato é que esse não foi o primeiro e muito provavelmente não será o último.
Espero que não joguem uma pá de cal disfarçada de" problemas psiquiatricos" no assunto e realmente utilizem a experiência para mudar leis e mentes.
Somos todos agentes e vítimas desse tipo de crime quando alienamos as decisões e permitimos que velhos vícios e pensamentos da sociedade se perpetuem.

O Cheiro do Ralo

Cinema novo e de graça.... precisa mais? Ontem a noite cheguei a brilhante conclusão que sim.

O FILME: O Cheiro do Ralo . O que dizer? Bem, primeiro de tudo tenho que dizer que não é exatamente um filme para qualquer público. É do tipo que quem não gosta detesta. Eu adorei. Humor negro, ácido, sarcástico, de realidades escancaradas. Lourenço é um típico verme escroto, egoísta , sujo, podre como o cheiro do ralo. De tão baixo chega a ser hilário. Adorei os figurinos e cenários.

CINEMA NOVO: uma grande melhora se formos comparar com o que era oferecido antes. Ainda prefiro o Barigui...

PÚBLICO: kkkkkkkkkk eu me divirto com esse povo publicitário... kkkkkkkkkkkkkk que galera... realmente VIVEM o que fazem ...
Muitos poser desfilando pra lá e pra cá... muitas mascaras inteligentes que não resistem a 5 minutos de conversa sem criar um vazio de tédio a sua volta.
Pecaram na organização que virou um empurra empurra, já que nesse meio todo mundo é o mais importante, estiloso e bonito... portanto merece entrar primeiro... Falsidade 10 Educação 0.
Os aplausos no final do filme só me deixaram mais a certeza de que pelo menos 40% daquelas pessoas não chegou nem perto de captar e gostar do filme. mas para ficar bem na foto e participar da babação de ovo ao elenco, agiram como se tudo fosse lindo. bem digno do cheiro do ralo.

DETALHE PECULIAR: saindo do cinema o cheiro me acompanhou por grande parte do percurso até em casa. O que me fez concluir pela fedentina local , valeta aberta em frente a um SuperTemplodoConsumo, que a vida imita a arte, e que essa cidade está realmente colocando cimento para tapar o buraco e vai acabar explodindo em esgoto. É UMA LINDA CIDADE , ótima pra morar e tudo, mas se não acordarmos todos logo pra certas carências de estrutura, podem ter certeza. Tudo vai virar bosta, como diria Rita Lee .

domingo, 15 de abril de 2007

Atendendo a pedidos - parte 1

Bem, não sou entendida no assunto, mas consumo o produto pra caramba. Seja no cinema mesmo, na TV ou em DVD, filmes são diversão garantida. Então vou falar dos últimos que vi em cada uma das três opções.

Aos olhos dos amigos intelectuais seria mais adequada uma lista de filmes franceses ou iraquianos, meio soturnos e desconhecidos da maioria. Mas como essa lista é minha.... Desculpa aí... Podem, então , parar de ler agora para o meu conceito com vocês não cair muito...kkkk

Cinema: 300

Se por acaso você é fã de Frank Miller e conhece seu trabalho o filme é indispensável de tão fiel aos desenhos. Perfeito. Se não é bem o caso, 300 de Esparta é um daqueles momentos “uauuuuuu”.

A história, bem grega, é recheada de atos heróicos grandiosos e conceitos eternos como honra, amizade, amor e entrega. Tudo isso muito bem temperado com cenas violentas de luta, sangues surreais q soam com vidro ao atingir o solo, animais gigantescos ricamente aparamentados e finalmente amor incondicional só para não ficar “too macho”.

Por falar em “too macho” meninas, moçoilas, meninos e afins de plantão... babem... Pelo menos 300 corpos masculinos de garbo e elegância seminus, aparecendo em toda sua glória musculosa em 90% do filme. Afffffffffff...
Deixando as abobrinhas de lado, 300 é realmente muito bem executado. Fotografia, figurino, atuações.Gostei de tudo. Para falar dos defeitos preciso ver novamente... e verei com certeza.


DVD: Diamante de Sangue

Sinceramente, não gosto do Leonardo de Caprio. Sempre o achei um branquelo arrogante e flácido, com cara de menina, que trabalhava mais ou menos em filmes muitas vezes duvidosos. (OOOOPS , sorry my dear Leo, underneath at all is a compliment, trust me... wait and see…)
O que despertou a vontade de ver Diamante foi um outro filme recente “Os Infiltrados”, muito bom (apesar de não entrar na roda hoje) onde o já citado ator finalmente me arrancou um elogio. Não que eu seja difícil ou tenha um nível muito alto de exigência, mas só havia ficado impressionada por uma atuação dele e nunca mais.
Então liguei o aparelho de DVD já na expectativa de um filmaço, e que sorte encontrei mesmo. E que sorte, encontrei de novo.
A História de violência na Serra Leoa é forte e impressionante. Visceral. Pensava.. Meu deus até onde vai a capacidade de destruição do ser humano ...
Apesar do clichê de redenção com certeza vale o Oscar. É um daqueles filmes que quando acaba deixa algo com você, para pensar.
Porque é muito real, muito mais do que eu gostaria.
Ah... Já ia esquecendo... O Leonardo... Bem, ele está maduro, parecendo realmente um homem de 30 anos, e um ator que agora realmente vale o ingresso, sem falar nos zilhoes de dólares...

TV: essa opção é complicada, então, se você não tem TV a cabo/gato esse pode ser um problema serio, e pode estar condenado a abobrinhas como Chuck Norris e Todo mundo em pânico. Eu sugiro que nesse caso alugue um DVD, ou na ausência de um aparelho, continue na internet que provavelmente você perde menos.
Na TV a cabo eu vi um bem bobinho ontem com a Drew Barimoore , romancezinho barato sobre um fã absurdo de beisebol. Bom para relaxar, nada além da típica comedia romântica americana água com açúcar. Se você torce pelo Boston Red Sox deve valer mais a pena.
Bjo.

Marimbondos 1

O que realmente incomoda as pessoas?
O fato de ter uma opinião, ou de expressa-la?
Seriam todos os pensamentos constatações e criticas menos reais só porque guardamos para gente?
É verdade, eu sou uma pessoa totalmente analítica e critica. E eu enfrento esse fato. E coloco para fora a minha opinião sim.
E, por mais pressão que as pessoas gerem em mim por causa disso, o fato é que eu realmente não consigo ver o meu , digamos, excesso de raciocínio como defeito.
Eu vejo o mundo, eu mesma, as pessoas e coisas. E realmente penso o tempo todo. É tão ruim assim? Se for, então o que me transforma em uma má pessoa deve ser a ausência de arrependimento.
Se pareço implacável e fria é possivelmente porque não é fácil ver as situações de mais de um ângulo. Quem me condena olhando apenas a superfície poderia tentar perceber eu numa realidade de cascas e fachadas, elo menos eu tento ser realista e verdadeira sobre meus pensamentos com aqueles que me rodeiam.
O fato de não pretender mudar essa característica da minha personalidade não quer dizer que as rejeições não me afetem. Afetam sim, todos querem ser aceitos.
Eu realmente não sou a Miss Simpatia, nem me enquadro nos padrões. Não tenho a forma, o cabelo, o dinheiro ou o sorrisinho pra qualquer tipo de frivolidade.
E também não sou uma intelectual cheia de pensamentos profundos para compartilhar em longas horas de conversas inteligentes.
Sou só alguém que passou pelo bastante para ver que no final do dia, o mais importante é que você tenha sido fiel ao que pensa e sente.
Todos somos personagens em aberto de uma longa história em que nem sempre dominamos o enredo ou a trajetória, e podemos ficar perdidos por paginas e mais paginas. Mas se tentarmos nos ver, admitir o que somos e seguir em frente não há realmente razão para temer o final desse livro. Porque tentamos fazer o possível no meio. Eu tento.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Com as novas aquisições, novas reflexões.

Uhu! Comprei um mp3 player e já não me sinto uma marginal na sociedade tecnológica... kkkkkkkk.... o incrivel poder de satisfação do consumo!!!! Me sinto mais jovem e antenada... uuhuu... será que o bastante pra jogar meu recém adquirido Cronnos +30 fora???? Não, não... nem pensar nisso...
Well, graças a esse pequeno advento tecnológico agora eu recuperei algo fundamental: minha trilha sonora. Desde que meu Moving'sound quebrou (sem comentários, se vc lembra então... use Cronnos) não tinha essa sensação ir para o trabalho, por exemplo, me sentindo como John Travolta ... staying alive...ah ah ah ah...
E então percebi o quanto isso é realmente fundamental. Música acalma as feras. Vero!
Acalma, ajuda a pensar... transporta pra outra realidade... é mesmo uma viagem.
Sem falar que o momento de escolher o repertório também mostrou o quanto sou mais complexa hoje que há 15 anos .

Antes era fácil, eu gostava de 2 ou 3 bandas, e era absolutamente radical nessa paixão. Não só me resumia a isso como todos os outros estilos e possibilidades estavam fora de cogitação.

Agora eu gosto de 300 coisas diferentes e não imagino outra forma... Gosto sim de Cure e Madonna e Maria Rita e Village People e não estou nem aí... Não vejo incoerencia nisso. Pelo contrário, desconfio muito daquelas pessoas que ainda gostam só das mesmas coisas. Dá pra pensar o mundo exatamente da mesma forma a vida inteira? Pra mim não. E como a música pra mim é uma forma de pensar o mundo e expressar sentimentos só poderia dar nisso. Muita coisa diferente rolando nos fones, exatamente como na minha cabeça, vida e coração.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Todo mundo tem um pacotinho. Uma quota de talentos, aptidões que vem com a pessoa.

Pelo menos é isso que dizem (por favor nem me perguntem quem dizem, porque essa questão é digna de outro post) . Por muito tempo tenho perguntado: o que veio no meu pacotinho?

Dia desses uma pessoa de opinião imparcial, portanto válida, me sugeriu um blog para exercitar meu texto e expor meus pensamentos. Como várias pessoas insistem em caracterizar minha personalidade como cáustica , juntando as duas opiniões conclui que possivelmente o meu pacotinho veio cheio disso mesmo, de pensamentos cáusticos e humor negro.

Então aqui está CausticidadeHomeopática, para compartilhar esse conteúdo muito peculiar do meu pacotinho com quem quiser ler, ou tiver também uma quota de marimbondos para cuspir... mesmo se não der Ibope... pelo menos eu me divirto...

C.

Mr. P ... valeu ! espero que parte do todo seja "rivel".... kkkkkk bjo.